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Kadú, Imaginação Fértil

  • 31 de Dezembro de 2006
Ipatinga é uma cidade do interior do estado de minas gerais, famosa por seus chalés e cachoeiras, formações rochosas e muita beleza natural.
Sai de férias na intenção de passar apenas uma semana em ipatinga. Na bagagem, muitos cds, livros e chocolates. É claro!
Chegando na tão falada cidade, que meus tios insistiam tanto que um dia eu fosse conhecer, me encantei com tamanha beleza, eles não haviam exagerado em nada no que diz respeito à cidade, era maravilhosa!
Aluguei um chalé e fui logo arrumando as minhas coisas. O local era amplo e espaçoso, como eu.
Na tarde do dia em que cheguei, resolvi dar uma caminhada pra reconhecimento territorial. Passei por paisagens lindissímas, tirei algumas fotografias, enfim, fui pra lá justamente para descansar.
Parei em uma das cachoeiras, que tinha, aproximadamente, uns, 20 metros de alturas e desaguava em uma piscina natural de àguas cristalinas. Sentei-me um pouco para descansar da aventura.
Passado-se alguns minutos, acho que meia-hora, resolvi dar uma refrescada naquela piscina natural, irresistivel! Tirei o meu short -estilo cargo, ficando de sunga e mergulhei. Há, como era bom! Dei várias braçadas, quando nadando de costas, percebi, no alto do rochedo, uma pedra plana, não aguentei e subi até lá em cima.
Quando olhei para baixo, vi aquele cenário, digno de um rei, porque era assim que estava me sentindo, em um inpulso, pulei do alto do penhasco para dentro da piscina natural, por sinal funda. Foi uma loucura fazer aquilo, mas estava muito enpolgado.
Entrei como um cometa dentro da àgua o que me fez, pela pressão do meu corpo com a àgua, desmaiar. Não vi mais nada.
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Acordei alguns minutos depois, com uma dor terrível na cabeça e nas costas, deitado sobre uma toalha azul à sombra de uma àrvore. Fui abrindo os meus olhos lentamente e um vulto começa a tomar formas em minha frente, primeiro como um vulto feio, parecendo um monstro deformado e depois começou a moldar os seus contornos faciais -uau! -Foi o que pensei quando minha visão retornou ao estado normal. A minha frente estava uma coisa... Um ser... Um...Sei la o que... Mas, só sei que era inpressionante.
-O que aconteceu? (Perguntei).
-Você estava boiando no lago. Vi quando pulou do penhasco, quando entrou na àgua e não subiu fiquei procupado e vim ver o que havia acontecido com você, quando cheguei, entrei na àgua e o retirei, se não iria morrer afogado.
-Nossa!... Muito obrigado! Que inrresponsabilidade a minha. É que estava tão enpolgado com esse lugar que nem tomei as devidas precauções.
-Tome mais cuidado da proxíma vez, desta eu estava aqui, mas de uma outra... Muito prazer, sou victor e você é...?
-Há!... Desculpe-me!... Douglas. Prazer! (Apertou a minha mão com um forte e firme punho).
Fui levantando-me lentamente com a ajuda de victor, perguntei sobre as minhas coisas e ele me disse que estavam todas dentro de minha mochila. Ele havia encontrado na beira do lago e tinha guardado tudo dentro. Senti um pouco o meu pé esquerdo.
-Você quer ajuda?
-Meu pé esta um pouco dolorido.
-Quebrou será?
-Não, não, só esta doendo.
-Posso levá-lo ao posto daqui, se quiser, estou de carro e...
-Não precisa se preocupar, você já fez demais por mim hoje.
-Não, vamos ver o que é, pode ser grave, vamos! Eu o ajudo a chegar ao carro, certo? Vem!
Pegou-me pela mão e fazendo-me apoiar em seu ombro levou-me até o carro, fiquei sentado enquanto ele foi pegar as minhas coisas no lago.
Rumamos para o pronto socorro de ipatinga há dois km da cachoeira onde eu me encontrava. O médico que me atendeu, constatou que eu havia apenas machucado um pouco o tornozelo, não chegou a quebrar ou luxar, graças a deus!
Saimos de lá e ele quis me levar em casa.
-Onde é que você mora?
-Em são paulo.
-Nossa! Longe hein!
-Mas eu estou passando as minhas férias aqui em ipatinga, em um complexo de chalés que tem próximo ao parque das cachoeiras, um lugar muito bonito.
-Mas que dá muito trabalho pra preservar como esta. Meu pai é o dono do complexo.
-Sério?
-É! Você esta em qual chalé?
-No mais alto da colina, bem pertinho da ponte.
-Eu te levo até lá.
Chegamos, ele me ajudou a descer do carro e entrar no chalé. Me pôs sentado na cama no andar de cima.
-Agora eu preciso ir. -Víctor, muito obrigado pelo o que você fez. Cara, se não fosse você eu nem sei onde eu estaria agora.
-Não foi nada, qualquer um teria feito o mesmo em meu lugar. Mas, me diz uma coisa, você esta aqui sozinho? É que perece ser tão jovem pra estar aqui só. Qual a sua idade?
-19 Anos.
-Só?
-Só! É que tenho o espírito muito aventureiro.
-É, deu pra perceber.
Peguei duas cervejas na geladeira que havia no quarto e dei uma a ele
-você bebe?
-Sim!
-Tome!
Tomamos e conversamos um pouco sobre o local, sobre a vida dele e um pouco da minha. Descobri que ele tinha seus 23 anos, que não era casado, mas que tinha uma namorada. Ele perguntou se eu tinha namorada eu disse que só uns rolos de vez em quando. Conversamos durante umas duas horas, quando ele se deu conta de que realmente precisava ir, mas que no dia seguinte dava uma passada pra ver como eu estava. E se foi.
Tentei me virar naquele chalé, com o pé daquele jeito, parecendo o sací-pererê, mas deu tudo certo. A noite quando fui pra cama, fiz uma conpressa de àgua morna e passei uma pomada que o médico havia receitado e que, gentilmente, o víctor havia comprado pra mim no caminho de volta ao chalé.
Ele era o tipo de homem brincalhão, como eu, bronzeado pelo sol forte de ipatinga, olhos verdes, cabelos pretos e malucos com gel, sorriso largo, tórax avantajado, devia frequentar alguma academia local.
Só sei que fui dormir pensando naquele sorriso.
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O sol de ipatinga entrou pela janela, batendo em meu rosto e fazendo-me acordar.
Desci com um pouco de dificuldade os degraus da escada de madeira, que conduzia a sala de estar e a copa. Preparei o meu café da manhã, sentei-me à mesa, quando ouvi o garoto que entregava jornais nos chalés, jorgar o meu exenplar pela abertura da porta de entrada. Peguei e sentei-me novamente, começando a ler entre um gole e outro de chá. A mesa estava farta com mamão, melão, torradas, pão sírio, geléa de jaboticaba, mel, uvas e o meu, adorável, pão francês!
Batidas na porta da frente. Levanto-me pra ver quem é.
Víctor!
-Desculpe! Eu te acordei?
-Não, eu já estava acordado, você chegou em uma boa hora, estou tomando café.
-Que bom! E o pé? Esta melhor?
-Está menos dolorido. Que coisa né? Venho pra curtir as férias e no primeiro dia já saio fazendo besteiras.
-Acontece!
-Mas comigo é sempre, víctor!
-Aí, é outro caso!
-Toma um chá comigo?
-Aceito uma chícara de chá.
-Ótimo! E você, dormiu bem?
-Muito! E você?
-Também, só com um pouco de dor pelo corpo, mas, passa logo.
-Mas você tomou algum remédio? Passou a pomada?
-Sim passei! E por falar nisso.
Fui até a minha carteira, peguei o valor do que ele tinha gastado comigo na pomada, e quis o reenbolsar. Mas ele se recusou a aceitar e disse que não era pra me incomodar com o fato dele não receber de volta o dinheiro. (Tudo bem, se ele não quer, eu também não vou insistir, afinal, não quero parecer um chato de galope).
Sentei-me de novo e senti um pouco o meu pé, ele pediu pra ver eu mostrei. Ele tocou e começou a passar a mão e perguntando se doía onde ele tocava e eu ia dizendo que sim.
-Posso fazer uma massagem?
-Po...Pod...Pode. (Estranhei).
-Lá vai.
E começou a fazê-la. Senti um pouco de dor quando ele começou a torcer o meu pé, mas logo a dor começou a passar.
-Você tem talento pra isso, víctor! Porque você não faz um curso de massagem?
-Eu sou masagista! Sou masagista daqui. Lá em baixo, perto das piscinas tem uma sauna onde eu trabalho com os turistas que frequentam o complexto.
-Que legal! Então eu descobri o seu ofício.
-E você, o que você faz, douglas?
-Eu? Sou arquiteto. Quer dizer, estou começando minha faculdade agora, mas já me considero um ótimo arquiteto porque é o que realmente eu gosto de fazer. Fora isso eu trabalho no restaurante que meus pais tem em são paulo. Não é assim um restaurante tão grande, mas dá pra levar legal.
-E você também cozinha?
-Não, eu só como mesmo!
Rimos um pouco.
-Sua profissão é bem prazeirosa também, douglas!
-Realmente, estou satisfeito, por enquanto, com o que faço. A que hora você entra no trabalho?
-Só mais tarde. Aliás, eu entro quando eu quiser.
-Que vida mole, hein? Sr. Víctor? Quem dera eu entrar no meu serviço quando eu bem entendesse, mas se fizer isso minha mãe me mata!
-Tem irmãos, irmãs?
-Dois mais velhos! Saí na vantagem de ser o caçula da história... E sua namorada? Ela não cobra a sua atenção?
-Ela cobra até demais pro meu gosto. Na verdade acho que não vai dar muito certo não. Estou com ela há dois anos, ela quer noivar, mas eu não quero me envolver definitivamente, assim, à ponto de noivar, casar, quero curtir, entende?
-Penso da mesma forma! Também não pretendo me casar, quero curtir a vida de todas as maneiras que ela se aparecer, sentir novas sensações. E por aí vai...
-Eclético?
-Muito!
-Sabe, douglas, somos bem parecidos em certos aspectos, você não acha?
-Acho! Isso é verdade. E mal nos conhecemos, hein!
-Acho que é carma. Acredita nisso?
-O que? Em carma?
-Sim!
-Depende.
-Como assim?
-Há, víctor! Depende do que você acredita...
-E no que você acredita?
-Que as pessoas se encontram, se conhecem, tem relacionamentos dos mais variáveis; algumas mantêm isso pra toda a vida, outras, são como a brisa da manhã que se acaba assim que o sol aponta no horizonte...
-Filosófico o garoto!
-Desculpa! É que às vezes me enpolgo um pouco.
-Não, estava até legal, continua!
-Não! Chega de babaquisse!
-Não é babaquisse ser realista, douglas.
-Você acha?
-Acho! E quer saber o que mais? Eu acredito que as pessoas se encontram, tem relacionamentos dos mais variáveis, e que, também, se dão bem.
-É, pensando bem, não é tanta babaquisse o que eu falo, você faz a mesma coisa!(Rimos juntos) o silêncio predominou por uns dois minutos sem que ninguém abrisse a boca pra nada, apenas nossa respiração podia ser ouvida.
Olhando no relógio, víctor percebeu que já estava na hora de ir.
-"Deixa-me puxar o carro!".
-Vai entrar mais cedo hoje?
-Tenho que resolver uns problemas pro meu pai, uma viagem rápida de alguns dias, coisa simples, mas que precisam de minha supervisão.
-Quando quiser aparecer...
-Obrigado douglas! Com certeza voltarei para tomar mais chá. Tchau! Cuide do pé!
-Pode deixar! Até...
Aconpanhei víctor até a porta, antes de sair, nossos olhares se cruzaram e ele abriu um largo sorriso, quase desmaio ali mesmo... Fechei a porta e voltei pro meu chá já frio, apesar de estar sentindo fome de outras coisas...
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Alguns dias depois, me virando como podia e com o pé já aguentando pisar no chão de pedras do complexo, sai pra ir conhecer, após quase duas semanas em férias ultrapassando minhas previsões de estadia naquele local maravilhoso, as lojas de conveniências que há no campo baixo do complexo. Vendem artigos manuais da região local, quadros, peças em louça, produtos naturais e pequenas coisas indispensáveis para quem esta em viagem. Desci até lá.
Entrando na loja, pude notar a bela organização no local, com facilidade para encontrar o que se quer. Comecei a observar alguns quadros e uma vitrina de perfumes naturais, quando uma senhora veio me atender, sinpática, bem vestida. Deu-me um "bom dia", entusiasmada, e perguntou-me se poderia me ajudar na escolha de algo para mim. Aceitei sua ajuda, mas avisei que não iria levar nada por enquanto, só estava a admirar os quadros e perfumes.
Derrepente chamaram a senhora que tinha se apresentado pra mim como "dona ana", mas antes de sair pediu para uma moça continuar me atendendo.
-Oi! Posso ajudá-lo?
-A dona ana estava me atendendo.
-É, ela precisou resolver um problema, você sabe, gerente é sempre gerente!
-É, imagino! Estava dando uma olhada nos perfumes naturais, nunca tinha ouvido falar que existissem perfumes à base de flores e ervas.
-Temos os melhores de ipatinga, nenhum outro complexo tem uma variedade maior do que a nossa.
-O preço deve ser do tipo salgado, acertei?
-Não, não! O preço, também, aconpanha a qualidade do produto...
E ficamos ali, ela me passando todas as informações do produto e fazendo propaganda e eu, como bom ouvinte, só concordava. Ela era uma jovem bonita, loira de cabelos encaracolados, olhos clarissímos, que ofuscam os de quem encarace. Não que eu tenha alguma atração por mulheres, mas era, realmente uma beleza estonteante!
Acabei por levar alguns perfumes e uma manta, para o sofá do chalé.
Camila. Era o nome da vendedora, disse-me que a loja tinha pronta entrega, perguntou-me qual era o número do meu chalé, e passei todas as informações para a entrega.
Definitivamente, ipatinga, é um local de pessoas muito sinpáticas.
Dirigi-me para a saída, agradecendo a dona ana e despedindo-me de camila.
Voltei ao chalé. Comecei a preparar o meu almoço, estava com uma fome, coloquei em short azul e tirei minha camiseta... Fiquei à vontade!
Liguei o som e coloquei um cd da shakira, parecia um louco dançando e arrumando a mesa para minha refeição.
Passado algum tempo alguém chama pela janela, quando abro a porta minha encomenda havia chegado, e adivinha quem veio trazer?
Camila!
-Oi camila! Entra!
-Quase que você não me escuta.
-De vez em quando me dá esses ataques de loucura, mas coloca aí no sofá, vou colocar uma camiseta.
-Ta bom!
Subi e coloquei uma camiseta. Voltei e camila estava em pé ao lado do sofá...
-Senta ai camila!
-Estava indo pra casa, acabou o meu horário de serviço então resolvi passar aqui pra entregar a sua encomenda, (sentando-se).
-Eu estava preparando meu almoço. Nossa! Você sai tão cedo assim do serviço?
-É só metade da metade do dia. Bom não é?
-Há! É o emprego que eu pedi a deus!
-Aqui é bem legal não é? Moro aqui há doze anos, não tenho vontade de sair daqui de jeito nenhum.
-Aqui é muito bonito sim.
-Cade sua mãe?
-Não, eu estou só aqui. Meus pais ficaram em são paulo, gosto de viajar sozinho, estou de férias.
-As tão sonhadas férias! Não vejo a hora de pegar as minhas pra poder viajar um pouco, na última conheci o sul do egíto.
-Nossa! Bem exótico!
-Agora quero conhecer os pólos.
-Hahahah! Nada comum! Você é do tipo bem doi... Desculpa!
-Vai pode falar... Doidinha! Sou sim! Gosto de agito, de coisa nova, do perigo. Meus pais não se acustumam com meu jeito de ser. Quer dizer que mora em são paulo?
-Moro e trabalho lá.
-Já estive por lá, não é tão longe assim, é uma cidade de grande atração, e aos vinte anos a gente tem que aproveitar ao máximo a vida, afinal: daqui a mais vinte terei meus quarenta anos...
-Já esta pensando nos seus quarenta? Com certeza, você é precavida.
-Sou muito.
-Quer almoçar comigo, dá pra dois! Isso é, se não tiver nada que inpeça...
-Não, nada! Aceito, se não for encomodar...
-Nenhum pouco! Estou com um strogonof na panela, daqui ó!
Servi camila e conversamos um pouco sobre várias coisas, nos conhecemos melhor. Sempre me dei muito bem com mulheres, não que tenha sentido atração por ela, mas ela me pareceu ser bem legal, e queria fazer novas amizades naquele local, ter com quem sair, aonde ir, conhecer a cidade, etc...
Acabamos nos tornando colegas, ela sempre vinha ao chalé e eu sempre ia a loja pra visitar e comprar algumas coisinhas.
Camila, tinha me dito que tinha namorado, só que estava viajando, morava com os pais no próprio complexo, que era uma àrea enorme, separando a parte dos moradores do local e dos hóspedes. Saíamos para correr pela manhã, faziamos compras no supermercado local, conheci alguns point's que camila frequentava na cidade, barzinhos e danceterias muito legais!
Numa ocasião em que voltávamos de uma noitada na cidade, eu convidei camila a entrar pra um lanche antes dela ir embora. Fizemos a maior farra! Comemos e dançamos, vimos umas fotos e caímos no sofá, peguei mais fotografias pra mostrar a camila.
-Essa é minha mãe, e esses aqui são os meus irmãos mais velhos, graças a deus!
O lucas de vinte e três e o carlos com vinte e oito.
-Eles são muito bonitos, apesar de que você é mais...
Senti um clima no ar e começei a torcer pra ela parar, pois não sei qual seria minha reação, acho que brocharia, não ia haver um movimento sequer, hahaha!
Batem na porta, pedi que ela abrisse enquanto eu ia ao quarto pegar minhas fotos de formatura. Quando viajo já vou pronto com fotos e outras coisas a mais pra que minhas novas amizades possam ver.
Camila ao abrir a porta leva um susto.
-Amor, você voltou! Porque você não me telefonou pra que eu podesse te esperar.
-Cheguei agora.
-Quem te disse que eu estava aqui?
-É...É...(Enrrolando e procurando uma desculpa que colasse), o porteiro disse que você tinha subido aqui e eu resolvi vim te buscar para irmos juntos pra casa.
-Que bom, estou aqui com meu novo amigo que esta passando suas férias no complexo, quero que você conheça.
-Eu?...
Desci as escadas voltando para mostrar as fotos pra camila quando dou de frente com víctor.
-Oi, douglas!
-Oi, víctor!
Apertamos nossas mãos. Camila estranhou o conprimento tão proximo. E perguntou se nós já nos conhecíamos e disse que sim, víctor tentou explicar.
-Eu conheci o douglas na cachoeira, em situação de risco, você acredita meu amor, que se eu não tivesse chegado a tempo ele tinha morrido afogado?
-Serio?
-É que ele pulou do penhasco de cabeça no lago e desmaiou, tirei ele da àgua e levei ao médico, sorte que só machucou o pé.
-Vocês são namorados? (Perguntei).
-Sim, somos. Era ele que eu te falei que estava viajando, lembra? (Respondeu camila).
-Viajei logo depois que nos vimos naquela manhã, precisei resolver pepinos. (Víctor disse sem graça).
Tomei uma iníciativa e o convidei pra entrar um pouco. Ele disse que estava tarde, e só havia passado para pegá-la, já estava indo. Camila despediu-se de mim dizendo voltar no dia seguinte pra continuar a ver as fotos e o lanche ficaria pra depois.
Os dois sairam abraçados e em uma certa altura víctor olhou pra trás, meio que se desculpando.
Fechei a minha porta. Guardei as minhas fotos, lavei minha louça, preparei-me para um banho, coloquei o meu roupão e dirigi-me para o banheiro, entrei no box e liguei o chuveiro e enchi minha banheira. Estava muito tenso e aproveitei para estrear os meus sais de banho que comprei na loja em que, a mocréia da camila, trabalha! Consegui relaxar cerca de cinquenta por cento, em meia hora de banho, mas foi inútil, pois ao sair do banho, indo em direção ao meu quarto passando pela sala, alguém me esperava no sofá.
-Victor? Como é que você entrou aqui?
-Tenho cópias das chaves de todos os chalés do complexo, caso haja qualquer necessidade.
-E há alguma pra você me aparecer assim, sem avisar?
-Há! Sobre o que aconteceu hoje...
-O que? Há, não! Eu não acredito que você esta pensando que eu estou de caso com sua noivinha? Porque se for isso quero que saiba que somos apenas bons ami...
-Não é nada disso, seu bobo!
-Há, não? Então o que é? Eu nem sabia que a garota era sua noiva, nos conhecemos lá na loja, comprei algumas coisas e ela veio me entregar aqui, estava na hora do meu almoço e convidei, por educação a garota pra entrar, nós conversamos um pouco, ela tornou-se minha colega, me mostrou a cidade e os lugares mais frequentados e, desde então ela frequenta aqui. Agora se esse não é o motivo que o trouxe aqui, eu juro que não consigo imaginar outro se não, que: você invadiu o meu chalé, em plena às...(Olhei no relógio de parede)...Três e vinte e sete da madrugada e sem meu conhecimento...
Conforme eu ia falando, víctor vinha cada vez mais pra perto de mim, e com devida surpresa calou a minha boca, literalmente com um beijo de tirar o fôlego. Apertava meu corpo contra o dele com força. Debatia-me, mas não houve jeito.
Fiquei meio ou completamente tonto assim que víctor me soltou.
-Olha aqui, voce não tinha o direito, não tinha!
E subi as escadas correndo pro quarto e sentando na cama, víctor veio atrás de mim.
-Douglas! Voce esta bem?
-Se eu estou bem? Como assim?
-Desculpa! É que pensei que voce também quisesse.
-E voce costuma sempre pensar pelos outros?
-Desculpa douglas! Não consegui me conter cara, porque desde aquele dia no rio, que não tiro você da cabeça. Viajei pra resolver uns problemas pro meu pai, mas achei que iria voltar logo, queria te ver de novo, sei lá, falar mais com voce, ficar mais ao seu lado, te conhecer melhor. Preciso te confessar uma coisa: acho que estou gostando de voce! Eu sei que é estranho, mas...
-Acho melhor ir embora! E que história é essa de "acho que estou gostando de você", você mal me conhece!
-Claro! Concordo! Mas só queria que soubesse disso.
-Já sei!
-Hoje vim aqui, naquela hora, pra te falar o que estava sentindo, vim direto, nem passei em casa, mas quando chego me deparo com a camila, então tomei um susto, fiquei sem saber o que dizer direito.
Foi levantando-se e descendo as escadas.
-Feche a porta pra mim.
-Pode deixar!
Nos últimos degraus, víctor parou e disse:
-douglas?
-O que é?
-Estava com saudades.
Foi o que ele disse.
Assim que percebi que ele havia saido, comecei a rir muito e pude desmontar a personagem. Esta certo, fiquei muito surpreso com a atitude dele e adorei o que ele fez, principalmente quando disse estar gostando de mim, achei o máximo! Tentei, mas, não consegui dormir e vi quando o primeiro raio de sol despontou no céu de ipatinga, em minha memória estava, ainda, tudo muito fresco.
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Após o café, sai pra correr pela trilha mata adentro. Com uns dez minutos de corrida encontrei um bosque plano e no fim um rochedo com mais uma cachoeira, lindo, cenário perfeito ou mais que isso!
Lavei o rosto na água, pra ver se passava o sono da noite mal dormida e sentei na beira do lago. Inevitavelmente veio a lenbrança de víctor na minha mente. Quando dei por mim, estava excitadíssimo e como estava com uma malha de ciclista ficou bem marcado o tamanho do meu tesão. Não aguentando mais, comecei a passar a mão sobre minha mala e apertava, tirei pra fora meus 18cm cilíndricos e pulsante e como estava precisando há tempos de um bom carinho, iniciei uma punheta, ali mesmo, pensando naquele deus grego-brasileiro. Exalava cheiro de sexo pelo ar, que provinha de meu pau, que de tanto ser friccionado, estava doendo e vermelho, de sua báse à cabeça. Aquilo me levava as alturas. Permanecia de olhos fachados.
-Voce devia parar de imaginar e praticar mais.
Foi o que ouvi, vindo de uma voz familíar e pelo susto que tomei. Quando abri os meus olhos era víctor, estava de pé a minha frente, com uma cara de tesão contido, inprecionado com o que tinha visto.
Tentei erguer minha malha, mas ele parou minha mão no ar e disse:
-Pra que? Você esta tão lindo assim!
Ele estava com uma roupa de mergulho e um cilíndro de ar nas costas, o qual tirou soltando-o no chão, me puxou de uma vez e me prendeu, olhando no fundo dos meus olhos:
-Quero voce, douglas! Quero voce como jamais quís alguém. Seja meu aqui, agora, hoje!
Minha pele tremia por sí só, meus póros transpiravam e minha respiração aumentou considerávelmente. Nossos lábios se uniram, nossas mãos percorrião todos os cantos de nossos corpos, loucos de desejos.
Deitamos no chão de pedras duras, mas nada mais me inportava.
Fui tirando aquele macacão de mergulho e pude ver aquele peito desnudo, desci o zíper até a cintura e comecei a ver os pelos púbianos de víctor envoltos em uma cueca de malha, de mesmo material do macação exibindo algo muito intereessante abaixo daquilo. Ele não parava de me beijar e passar as mãos pelo meu pau e bunda, tirou minha camiseta, me deixando completamente nú, e afastando-se, fitou meu corpo. Acabou de tirar sua malha e ficou de cuéca. Que corpo lindo, que pau lindo, que homem lindo, meu deus! Por um momento, não acreditei que tudo aquilo era pra mim.
Aproxímei-me dele e disse:
-A cueca eu tiro!
Ele me presenteou com aquele sorriso e fechou os olhos, deslizei a peça até os pés dele. Pronto! Estava eu em frente ao meu desbravador.
-Muito prazer! Eu disse dando um beijo no pau de víctor. Ele segurou o pau e disse:
-O prazer é todo meu!
Não aguentei e ri um pouco, mesmo em horas como aquela, ele era brincalhão.
Ele abaixou-se ao meu lado.
-Dá uns beijinhos no meu víctorzinho!
Eu disse retrucando e o deixando inprecionado:
-melhor do que beijos, vou te mostrar minha habilidade em engolir "espadas".
-Uau!
Abocanhei aquele, mastro rei, com vontade e o levei o mais fundo que pude de minha garganta. Víctor delirava e falava coisas desconexças.
Juro que tentei conter-me, mas não dava, ele é o tipo de homem que qualquer pessoa sonha ter ao lado. Bonito, brincalhão, romântico, carinhoso, aventureiro, entre outras coisas que somente eu pude conferir, enfim, um sonho de homem!
Enquanto eu o acariciava, ele fazia caras e bocas de enlouquecer.
-Vai, douglas! Continua! Engole a minha espada vai! Assim!
De um repente ele beijou os meus lábios e eu pude sentir na minha barriga aquele mastro roçando a minha pele e pedindo pulsante um abrigo. Com o dedo indicador ele foi abrindo caminho e me relaxando, mesmo eu já estando totalmente entregue, me alargando. Virou-me de costas e com habilidade encostou sua língua em meu ânus, fazendo-me arrepiar por inteiro. Colocou a língua o mais fundo que pôde e como viu que eu já estava conpletamente incontrolavel de tesão colocou a ponta de seu rijo menbro na entrada, o choque foi inevitavel.
-Vou fazer bem devagar, eu não quero te machucar e quero que dure uma eternidade. Preciso te sentir, posso?
-Deve!
Essa foi a minha última palavra antes de víctor colocar o seu pau dentro de mim.
Realmente ele sabia fazer, era um homem que sabia o que tinha nas mãos e como lidar com aquilo, nem senti dor, tamanho o tesão que me consumia por aquele homem, e olha que eu detesto ser passivo, mas pra ele... Daria tudo que pedisse sem reclamar.
Os movimentos de vai-e-vem começaram acelerar-se, ele me possuía naquele momento, ele me tinha todo em seus braços e sabia que poderia fazer o que quisesse que eu iria achar tudo mil maravilhas. Pôs-me de quatro, e dá-lhe, e dá-lhe.
Eu gemia feito louco, só em pensar que o meu objeto de desejo estava a me possuír... Não dava pra acreditar. Ele enpurrava o mais forte e fundo que podia e voltava ao princípio de seu pau e começava tudo outra vez, há! Que delícia! Sentir cada centímetro de víctor me fascinava.
Mudamos várias vezes de posição, ele ficou por baixo e sentei em cima; fiquei de lado e ele caprichava segurando a minha perna com sua mão e me dizendo que seriamos um só a partir daquele momento. Dizia que estava adorando me comer, aquela voz grave em meu ouvido, aqueles apertos de mão sob meu corpo.
Com uma das mãos víctor pegou em meu pau e passou a me masturbar e passar o dedo na minha cabecinha, me dava mais tesão ainda!
Fomos pra dentro do lago e com a àgua pela cintura e debruçando-me nas pedras víctor mais uma vez me penetrou. Fiquei em cima do cilíndro de mergulho, meio que de quatro bem exposto ao meu víctor, ele encaixou por trás, aí, sim, foi o ápce da nossa transa, pois ele enfiou o maximo que pode e deitou sobre o meu corpo mexendo somente a sua linda e tesuda bunda. Abraçando-me forte, beijando o meu pescoço, e gozou feito um cão selvagem e ao mesmo tempo carinhoso. Eu o aconpanhei gozando no cilíndro abaixo de mim e com aquele pau atolado na bunda. Deu-lhe um ataque de beijos que não sobrou um pedaço de meu corpo sem que sua boca não tivesse tocado. Foi, sem dúvida, a melhor transa que eu já tive em toda a minha curta vida!
Cançados, nos deitamos nas pedras a beira lago, ele passava o seu indicador na minha boca e nariz alternadamente, como que mapeando o território. Eu, de olhos fechados, ainda não acreditava que aquilo havia acontecido, foi quando os abri e pude ter certeza de uma vez por todas de que era real, de que víctor estava ali e que transamos. E que ele disse que estava gostando de mim. Será que da pra ter uma idéia do que estou falando? O que eu sempre desejei era alguém dizendo sinceramente isso pra mim e ali estava o que eu havia sonhado e de brinde um trilhão a mais!
-Eu quero você!
-Mas, você acabou de...
-Eu não estou falando de sexo, douglas! Estou dizendo que quero ficar com você. Eu vou terminar com a camila!
-Não! Víctor, não! Eu não quero ser motivo de discórdia pra ninguém. E além do mais, a camila te ama de verdade. Você precisava ver como ela falava de você, o tempo todo, pra mim bem antes de eu saber que era você o namorado dela. Não faça isso! Você deve ter se deixado envolver por um desejo ou curiosidade repentina.
-Douglas!
-Você não esta enten...
-Douglas! Douglas! Preste bem atenção no que vou te falar, pois vai ser uma única vez. Eu sei bem o que quero da vida, só me faltava aparecer alguém especial pra que eu pudesse me entregar de corpo inteiro, entende? E apareceu: você! Eu sei que você é ainda muito jovem, mas, não é mais nenhuma criança, já tem as suas proprias escolhas, olha só o exemplo, você veio pra cá sozinho! Eu só vou desistir de você se você mesmo, olhando nos meus olhos disser que não me quer.
-Não é bem por aí víct...
-Diz, douglas que você não me quer! Que não esta a fim de levar isso adiante? Diz!
-Eu não posso. Não vou ser hipócrita comigo, já fui muito, mas desta vez não vou ser. Mas não gosto de enganar e mentir para as pessoas. Não acho certo! E a camila...
-A camila vai sofrer mais logo passa...
-Porque você ficou com ela se você já sabia a sua condição sexual, víctor? Seria muito mais fácil agora! Não teriamos que magoar a ninguém. Eu já tenho um grande vínculo com ela e não consigo me imaginar traindo a sua confiança.
-Eu já disse que vou acabar o meu namoro com ela!
-Mas ela vai querer saber o motivo.
-Simplesmente, vou dizer que não a amo mais.
-E será que é isso que você vai me dizer quando aparecer um outro homem mais bonito e mais gostoso do que eu?
-Você esta sendo injusto, douglas! Não me conhece para afimar isso.
-Mas pode-se supor o conportamento do amanhã pelas atitudes de hoje. Porque você acha que a população, de um modo geral, não confia mais nos ex-detentos?
-Não é assim, esta tirando conclusões próprias sem saber exatamente como vai ser esse amanhã que você supõe que possa acontecer.
-Pode ser, não vou desconsiderar essa possibilidade, mas ainda tenho as minhas dúvidas.
-Vamos nos conhecer ao menos! Quem sabe esse tempo não te responda a essa questão.
-Pois é. Acho que somente o tempo poderá me responder realmente essa questão. -Não. Eu não quero te perder!
Víctor me abraçou como muito carinho e pude perceber o quanto ele iria sofrer com essa situação. Deitou a cabeça na minha barriga e começou a aspirar forte o meu cheiro.
-Preciso ir víctor!
-Não, não precisa não! Você esta de férias, se esqueceu?
-Não, não me esqueci. Mas eu preciso ir pra por as minhas idéias no lugar, esta tudo muito confuso. Esta acontecendo muito rápido e não estou acostumado com mudanças bruscas assim. Nunca imaginei que a vida fosse me pregar mais essa.
-Nem eu, meu amor.
Vesti-me, víctor também pos seu macacão. Quis me dar uma carona até o chalé, mas não aceitei. Nos beijamos mais uma vez e ele disse que nunca mais iria se esquecer daquele momento de felicidade em que pode redescobrir o amor com alguém tão especial como eu.
Segui pela trilha e víctor ficou parado me olhando desaparecer.
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Realmente estava tudo muito confuso em minha cabeça, mas, o que fazer em uma hora dessa? Tenho aos meus pés um homem, maravilhoso, dizendo que me ama e quer ficar comigo e do outro lado da história uma amizade promissora com camila, com quem por sinal, me dava muito bem, o que fazer? Com certeza esta não era a melhor hora para obter respostas sobre qualquer assunto, pois tudo estava girando a minha volta.
Estava feliz e ao mesmo tempo preocupado, mas deu pra engolir o almoço e tirar um bom coxilo no sofá do chalé.
Assim que acordei saltei em um pulo e fui correndo ao banheiro dar um mijão, estava mais calmo, mas ainda preocupado e pra distrair um pouco liguei para a loja onde camila trabalhava pra ver se dava pra gente conversar assim que ela saísse do trabalho. Encontro marcado!
Quando foi por volta das quinze horas, camila chegou, eu estava escrevendo alguns poemas, fui atender a porta.
-Oi camila! Entra.
-Tudo bom? Está sozinho?
-Sim, quem mais poderia estar aqui?
-Sei lá, alguma gatinha de ipatinga.
Somente dei aquele sorriso sem graça disfarçando a minha completa falta de interesse pela praga que ela acabava de me rogar.
-Você ainda não conheceu ninguém interessante na cidade?
-Interessante, ainda não. Só suas colegas da danceteria naquela noite, fora isso... Não.
-Preciso te apresentar minhas outras amigas taradas, já estou até vendo quando elas te conhecerem, vão cair matando em cima de você, elas adoram caras novinhos com carinha de nenêm e boca carnuda como a sua. Não que eu tembém não goste de caras mais novos.
Esta história já estava começando a dar coceiras por todo o meu corpo. Fomos até o sofá, camila sentou-se com seu jeito despojado, como quem já se considerava da família, de uma coisa eu não podia reclamar, camila era o tipo de pessoa muito observadora e não demorou muito pra ela perceber que eu estava escrevendo, correu até a mêsa e pôs-se a ler o que eu, em um momento tão confuso, havia escrito.
-"... E de mãos atadas, sentindo ainda pelo meu corpo arder as marcas de seus arranhões e suas mordidas, sentindo ainda o suor de minha pele escorrer pelo cançasso do prazer que me proporcionau, e meu coração palpitando aceleradamente no compasso do nosso amor, foi que me lembrei que ainda não podias me pertencer, oh! Sonho quase real...".
-O que é isso que tenho em mãos, sr. Douglas? Contos eróticos?
-Não, são, só, besteiras que escrevo quando não tenho muito que fazer.
-Imagina! Besteiras? Uma coisa belissíma dessa e você chama de besteira? O víctor que adora contos eróticos.
E mal sabia camila que essas minhas "besteiras" se resumião nada mais, nada menos que em uma transa, e o que é melhor, com o futuro ex-namorado dela. Eu estava preocupado sim com camila, mas não conseguia parar de pensar em um relacionamento ao lado de víctor e às vezes saia de minha boca palavras sarcásticas e de meus pensamentos idéias absurdas de querer afastar ela dele.
-Você acha, camila?
-Sim, acho sim, são muito lindos os seus contos. Aliás, são contos ou poemas?
-Digamos que seja uma mistura dos dois.
-Então, o que você queria falar comigo?
-É,... Não sei nem por onde começar, o caso é tão conplicado que nem mesmo eu estou sabendo dar conselhos.
-Esta com algum problema? Eu posso te ajudar? Olha, já vou dizendo logo, se você estiver com problema de grana, acabou! Eu posso te enprestarm um troco na boa, douglas e depois você me paga, eu já passei por isso também.
-Quem derá que fosse tão simples assim. Mesmo assim, eu agradesso sua intenção, mas não é nada disso camila. Digamos que não estou sabendo como orientar uma amiga minha, de são paulo, que me telefonou pela manhã pedindo conselho. É um problema com o namorado dela. Aí eu pensei: camila! Você tem namorado e deve saber lidar com certas ocasiões caso elas venham acontecer com você, e além do mais você entendo de homens, o que nisso, eu não entendo nada.
-Legal! Pelo que ela está passando? Não é muito complicado não, é?
-É um caso dilicado. Bom deixe eu te explicar. Essa minha amiga chama-se mônica, faz faculdade comigo. Ela conheceu um cara e se apaixonou por ele só que o cara já tem namorada. E o pior é que a namorada é amiga dela. Ela, coitada, esta nesse dilema, e me ligou pedindo conselhos, eu não soube, muito, o que dizer preferi pedir pra ela acalmar-se um pouco e tentei dar uma levantada no seu astral, mas ela acabou percebendo que eu não estava em condições de dar conselhos e ficamos de conversar uma outra hora sobre esse caso. Eu não sei o que dizer pra ela.
-Ai você me chamou pra que eu o ajude? Bom, é um caso complicado mesmo, ela esta entre a cruz e a espada, coitada.
-O que você acha que ela devia fazer? Ela conta pra amiga ou não?
-Se fosse comigo, por exemplo, iria ter que pôr na balança toda a situação, se eu realmente gosto dele. Se ela era realmente minha amiga. Apesar de que se ela aceitar a situação ela estaria sendo traíra com sua amiga.
-Pois é, ela esta sabendo, e o que é pior, esta apaixonada por ele, mas esta a todo custo lutando contra esse sentimento que esta corroendo ela por dentro. Ela quer e ao mesmo tempo não quer, porque isso iria magoar muitas pessoas, entende camila?
-É um caso pra pensar, né? Fica difícil dizer algo douglas. Você me chamou aqui pra te dar um conselho, mas acho que não ajudei muito, não é?
-Imagina, camila, só o fato de você ter vindo aqui já foi de tamanha demostração de solidariedade com a mônica, mesmo sem a conhecer, coisa de mulheres eu acho!
-Pode ser. Mas diz pra ela que homem é igual núvem, umas ficam por um tempo a mais e outras simplesmente desaparecem ao primeiro vento, como já dizia o velho ditado, "nada como um novo amor pra se esquecer do antigo".
-Como se já não bastassem os meus problemas...
-Ta vendo, você esta com problemas sim, sr. Douglas. Conta pra mim tudo e não esconda nada, vai, começa!
-Não, não estou com problemas, foi só um comentário, só falei desses que temos dia-a-dia, os normais ou assim por muitos chamados, só isso!
-Espero que seja mesmo só isso. O que você vai fazer esse fim de semana?
-Até agora não tenho nada marcado, por que?
-É que vai haver uma festa aqui em ipatinga em comemoração ao aniversário do pai do víctor, no sábado e se você estiver livre... Podemos bagunçar muito nós três pela cidade, o que acha?
-Sei lá, o víctor não vai se encomodar de você esta levando uma pessoa de fora?
-Que nada! Ele adora gente nova, gosta de conversar muito sobre "as coisas interessantes da vida", como ele mesmo diz. Outro dia meu primo maurício, que mora no sul, veio nos visitar e apresentei ele ao víctor, você acredita que o víctor não demorou mais do que meia hora pra se apegar completamente ao maurício e depois sumiu durante quase todo o dia vindo aparecer somento no final da tarde, com um saco de peixes nas mãos, latas de cerveja e a maior alegria, parecia que já se conheciam há anos! Ele é muito comunicativo, mesmo!
-Não vou dividar de sua palavra. Já que você diz que não há problema, porque não? Não é? Até o fim de semana a gente acerta tudo direito, e também vai ser uma ótima despedida da cidade.
-Como assim, despedida?
-É que vou voltar a são paulo no domingo.
-Há! Douglas! Assim não vale né. Poxa você chegou há tão pouco tempo e já esta indo, poxa!
-O dever me espera querida e se eu ficar um dia a mais, mamãe me mata!
-Eu falo com ela, quer que eu ligue e peça pra você ficar uns dias a mais?
-Não, que é isso camila, eu nem posso fazer isso, tem a faculdade que vai estar voltando por esses dias também e preciso afiar nos estudos, tocar o restaurante com meus pais e uma série de outras coisas também.
-Bem, se é assim. Mas eu prometo ir a são paulo jantar com o víctor no seu restaurante, isso é, se eu for convidada.
-É claro! Desde já esteja convidada você e o víctor a irem até são paulo, faremos um ótimo jantar pra vocês.
-Opa! Pra vocês uma óva! Para nós, afinal vamos jantar todos na mesma mêsa, juntos.
-Ok! Combinado, jantamos todos juntos.
-Sabe que eu não vi o víctor hoje, ele sempre passa pela loja depois do café e hoje não passou. Deve estar cheio de tarefas a cumprir, o pai vive pegando no pé dele, cobrando uma administração melhor do seu futuro patrimônio e todas aquelas coisas que pai sempre faz quando quer, por obrigação, que o filho siga o que ele quer.
-Ele é um homem ditador assim?
-É meio ditador sim. Êi, ta a fim de pegar uma piscina lá em casa?
-Quando?
-Agora!
-Agora? Mas assim sem mais nem menos?
-O que tem? Se for por causa dos meus pais, não se preocupe, chegam só a noite, estão em florianópolis fechando um contrato de um terreno que meu pai esta comprando por lá.
-Sei não.
-Há! Douglas, o que tem de mais? E além do mais podemos depois almoçar um salmão defumado que minha mãe comprou no mercado central, que é daqui ó! Você não vai ser louco de perder, vai?
Bom, achei que não haveria problema em almoçarmos juntos e pegar uma piscina, conversarmos e descobrir, como sem querer, mais coisas sobre o víctor.
-Podemos ir?
-Claro! Vamos então, me deixa só pegar minha sunga.
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-Douglas, trás pra mim a revista que esta em cima da mesa.
-Qual? Tem duas!
-A de fofoca!
-Você curte?
-O que?
-Fofocas. Essas coisas?
-Há! É sempre bom saber o que rola no mundo artístico, e além do mais não sou eu quem esta fazendo a fofoca, então: tudo bem!
-O sol esta bem legal. É difícil se ver um sol assim em são paulo, só chove.
-Sabe que eu tenho um pouco de inveja de quem mora lá? Não que eu não goste de sol, mas é que às vezes dá uma vontade de curtir um clima frio, saca?
-Saca? É estranho você falar assim. Não conbina com você.
-O que conbina comigo então?
-Há, sei lá! Você parece ser tão mais santinha.
-Eu? (Hahaha), imagina, douglas! Se existe uma coisa que não sou é santinha. Não vai cair na água não?
-Vou esperar mais um pouco.
-Quer mais suco? Está geladinho ainda.
-Aceito sim.
-Ai, meu deus! Douglas me responde uma coisa?
-Claro!
-Você já se sentiu dividido?
-Como assim?
-É... Digo, amorosamente falando.
-Quer dizer... Gostar de duas pessoas ao mesmo tempo?
-Digamos que sim.
-Você não vai me dizer que...
-Acho que sim, eu estou apaixonada por outro também!
-Mas como assim, camila? E o víctor?
-Pois é. Eu o amo muito também.
-E quem que é esse cara? (Trim! Trim! Trim!).
-Guenta ai, deixe-me atender.
Fiquei muito preocupado com a possível resposta de camila, mas estava muito feliz, por que quem sabe se o amor que ela sentia por esse outro cara crescesse, ela deixaria o caminho livre pra eu poder ter a víctor sem culpa nenhuma. O sol torrava meus miolos de preocupações. Camila volta saltitante.
-Era mamãe. Disse que deu um probleminha lá em floripa, com o contrato, lembra? Que eu te falei que meu pai foi fechar um negócio? Então deu zebra e eles vão passar a noite lá pra resolver tudo. Legal né?
-Por que legal?
-Por que vou ficar com a casa só pra mim hoje. Posso te fazer um pedido?
-Pode!
-Dorme aqui comigo hoje.
-Dormir?
-É douglas, vai diz que sim. A gente pode ficar conversando até de madrugada e podemos estourar pipocas.
-Sabe que é camila...
-Há, não! Não tem desculpa.
-Mas eu não trouxe nada...
-Não precisa! Eu te enpresto um pijama do meu pai e na dispensa tem escova de dente extra, por tanto, não aceito um não como resposta.
-Sei não viu... Há, tá bom, tá bom!
-Legal! Vamos nos divertir muito. Que tal irmos pro salmão agora?
-Seria uma boa pedida, estou com um pouco de fome. Depois a gente vem pra piscina.
-Combinado! Vem!
A noite vinha caíndo. Camila e eu nos divertimos muito naquela tarde. Nadamos, almoçamos. Escutamos música, brincamos com a cacatua que ela tinha, era linda (a cacatua), toda branquinha, mais parecia um periquito gigante, linda! Estavamos realmente exaustos. Deitei-me no sofá e camila acomodou minha cabeça sobre seu colo, mexendo nos meus cabelos, adormeci uns 25 minutos. Acordei com um beijo em meus lábios.
-Que você esta fazendo, sua louca?
-Não consegui resistir a tentação de te beijar douglas. Queria já ter feito isso há muito tempo.
-Quer dizer que...
-É você sim, eu só não estava sabendo como te contar essa situação.
-Camila, isso é inpossível! Você tem namorado e não é justo que você aja desta maneira com ele.
-Douglas aconteceu! Eu não pude evitar. Sabe quando você não consegue evitar que algo aconteça, embora você saíba que é errado? Então, aconteceu.
-Meu, mas... Isso é loucura! A gente não devia ter se aproximado tanto assim.
-Não, não ponha culma em ninguém douglas. É claro que a gente devia ter se conhecido sim, tem sido tão bom até aqui. Quando eu te falei que estava dividida, era verdade. Não sei o que fazer.
-Eu sei o que você vai fazer. Você vai esquecer toda essa loucura de uma vez por todas. É melhor que eu não fique aqui com você esta noite.
-Douglas. Desculpe, não vá embora, desculpe!
-Não dá camila, me desculpe!
Sai da casa com pressa, se eu já estava confuso, agora então estou confuso ao cubo. Nem reparei quando esbarrei com alguém que vinha chagando.
-Douglas? O que você esta fazendo aqui?
-Estou indo pra casa víctor.
-Você esta bem? Aconteceu alguma coisa?
-Não, comigo não aconteceu nada, mas com sua noivinha.
-O que você fez com ela, você não contou? Contou?
-Não, fique tranquilo! Desta vez foi ela quem me surpreendeu. Preciso ir.
-Depois a gente conversa.
Sai dali mais que depressa, pois sentia o clima pesando no ar.
-Camila! Camila!
-Estou aqui, meu amor!
-O que houve com o douglas? Encontrei ele saido daqui as pressas, aliás, esbarramos. Aconteceu alguma coisa?
-Nada demais, amor. É que o douglas é muito sensível as estórias que estava contando a ele.
-Você esta diferente.
-Como assim?
-Não sei bem dizer o que, mas tem algo em você que não é comum.
-Ai, víctor credo! Parece clarividênte. Vê se para com isso hein!
Ao entrar no chalé, tranquei a minha porta e sentei-me no chão, dava pra ouvir as batidas fortes de meu coração, um misto de cançasso com dor e amor e ódio ao mesmo tempo.
Depois de uma certa hora, a qual eu não me lembro, resolvi sair pela noite sozinho pra ver se a situação apaziguava. Caminhei entre as pedras e a trilha que leva a cachoeira, encostei em uma pedra e comecei a pensar na vida, nas decisões que devia tomar nas próximas horas. Acabei adormecendo ali mesmo.
Acordei de uma forma diferente no dia seguinte, com o canto dos pássaros, era coisa pra guardar na memória pra sempre, a mata, o rio, a cachoeira, a pedra, era tudo mais que perfeito, exceto o que eu estava sentindo por dentro. Voltei revigorado pro chalé e em passos lentos. Procurava não lembrar que teria que ir, ao cair da noite, a festa do pai do víctor e o pior: com a camila, mas trato é trato eu não gosto de faltar com as pessoas, era nessas horas que eu me odiava.
Ao chagar, notei que o garoto que entregava meus pãezinhos não havia passado, devia ser pelo fato de ser sábado, então tive que descer até a área do mercado na baixa colina do complexo.
Estava acontecendo uma feira livre de frutas, aproveitei e comprei algumas pêras, damascos frescos e uvas. Conversei com algumas pessoas e pude notar que estavam todos muito animados, quando resolvi perguntar a uma feirante o por que dessa algazarra toda ela respondeu-me que era por causa da festa que haveria a noite do dono do complexo, deduzi logo que era do pai do víctor que estavam falando. Mas a maior surpresa veio depois quando aquela mesma senhora disse que seria uma data especial, pois o filho do dono iria noivar hoje e as comemorações seriam em debro. Boquiaberto, perguntei a senhora o nome do filho que iria noivar, ela respondeu o que eu estava rezando para não ouvir: víctor!
Que ódio que senti naquele instante. Ele havia mentido pra mim esse tempo todo, e eu acreditando em tudo, que besta!
A senhora continuou falando e eu ali, paralizado como se estivesse em transe. Sai da feira com meus pães e voltei ao chalé, queria não pensar em nada do que tinha ouvido pra poder ao menos tomar o meu café em paz. Depois eu pensaria nisso. Foi pior, pois quando parei pra pensar o pêso dobrou e a dor foi maior, mas eu saberia o que fazer há como saberia!
Fui atender a porta e quando abri dei de cara com o rapaz da lavanderia com algumas peças minhas lavadas e passadas, recebi e o agradeci. Interfonei na portaria e pedi que alguém viesse trazer meu carro, precisava dar um pulo na cidade para alugar algo para o evento. No caminho dirigi tentando esquecer tudo o que havia acontecido até ali, coloquei o meu cd da shakira e lá fui eu, todo dançante dentro do carro. Aluguei o melhor que pude encontrar naquela loja, disse que mandaria entregar depois da festa, estava quase tudo esgotado, pois praticamente ipatinga inteira tinha sido convidada para esse aniversário, eu só esperava que não fosse chato com aquele papo de "você lembra quando a gente fazia...", E tal.
Trouxe um sapato legal, também. Quando voltei já estava quase escuro, pois sou um desastre para escolher as coisas e depois, até o cara tirar todas minhas medidas e eu ainda passar na loja de calçados e pedir que me trouxessem quase todo o estoque pra que eu podesse escolher apenas um par, dava uns dois dias se deixassem.
Tomei um belo banho, demorado, não tinha pressa nenhuma por que a festa só começaria às 21:00. Troquei-me calmamente e não queria lembrar que por dentro eu estava fervendo de raiva. Olhei-me no espelho e notei o meu total alinhamento. Meu celular tocou e fui ver quem poderia ser.
-Alô?
-Oi, douglas! É a camila. Tudo bem?
-Oi, camila. Tudo. Que manda?
-Ainda esta em pé a festa de hoje?
-Já estou pronto, só falta ajeitar os cabelos.
-Legal! Passo ai em 15 minutos, ok?
-Não! Não, vamos marcar lá na ponte do rio, fica proximo a casa do víctor mesmo.
-Por mim tudo bem. A que horas?
-Às 21:30 está bom pra você?
-Excelente!
-Então te encontro na ponte. Até já!
-Beijos! Tchau!
Passei um gel nos cabelos e tomei um calmante antecipadamente, comi um pouco de lazanha que tinha feito pro almoço, mas acabei nem tocando, escovei meus dentes, respirei fundo e lá fui eu em direção a ponte na parte baixa do complexo.
Camila estava sentada sobre a ponte com um vestido prateado lindo. Ela era meio moleca, saca? Do tipo que se senta de pernas abertas e cospe sem pudor nenhum, sendo assim, não estranhei dela estar sobre o corrimão da ponte com seus saltos nas mãos.
Eu a cunprimentei e fomos a festa.
Chagamos ao portão e senti um friu na barriga, mas entrei.
Assim que ponho meus pés dentro da casa a primeira pessoa que vejo em minha frente foi víctor, ele estava lindo de viver. Seu corpo dentro de um smoke ficava ainda mais lindo. E aqueles olhos cheios de vida e dúvidas me fitavam de uma forma descomunal, se ele não tivesse mentido pra mim eu seria capaz de saltar em seu pescoço naquele mesmo instante e o beijaria profundamente.
-Amor, você esta ai! Dê uma olhada no douglas, esta elegante não esta?
-Esta bem diferente, douglas.
-Você, também, fica diferente em um smoke. Aliás, qualquer um fica diferente dentro de um smoke.
Na verdade eu queria ter dito que somente ele ficava bem dentro de um smoke, ficava gostoso, mas ainda bem que pude segurar a minha língua!
-Onde esta o aniversariante, víctor?
-Ele esta ali, junto aqueles senhores. O que esta de lenço azul é o meu pai, sr. Gustavo. Venha, deixe eu lhe apresentar a ele.
-Não precisa. Eu mesmo me apresento. Com licença.
Camila ficou com víctor fazendo conpahia, enquanto eu ia falar com o ditador.
-Com licença senhores! Sr. Gustavo?
-Sim? Sou eu.
-Meus parabéns pelo seu aniversário.
-Obrigado! Quem é você meu jovem?
-Sou, douglas. Estou em férias aqui em seu complexo, muito bonito por sinal.
-Obrigado, mais uma vez. Em qual chalé você esta?
-No do alto da colina. -Há, sim! Fez uma boa escolha. Aquele é um de nossos maiores chalés aqui no complexo.
-Não duvido. É muito confortável sim.
-Sabe, tenho um filho que deve ter a sua idade mais ou menos. Devia conhecê-lo, acho que seriam muito amigos. Meu víctor trabalha aqui comigo e estou preparando ele para me suceder nos negócios, é um bom rapaz.
-E como é! (Pensei com meus botões).
-Por falar nisso olha ele ali, venha aqui meu garoto, deixe eu lhes apresentar.
Comecei a achar emgraçado aquela situação e deixei rolar.
-Filho!
-Oi pai.
-Queria lhe apresentar este excelente jovém. Como é mesmo seu nome?
-Douglas.
-Isso! Douglas é o nome dele. É nosso hóspede e deve estar sentindo-se meio que sozinho no meio dessa gente estranha, poderia conversar com ele e lhe apresentar umas amigas suas, o que acha?
-Pode ser pai.
-Bom, acho que você esta em boas mãos, douglas. Meu filho conhece cada gatinha que você vai guardar muitas lembranças de ipatinga e todas as suas férias vai querer vir ficar aqui com a gente.
-Espero que sim, sr. Gustavo!
-Com licença, preciso receber os meus convidados. Foi um praze meu rapaz.
-Imagine, o prazer foi todo meu. Feliz aniversário!
-Obrigado.
O velho retirou-se e ficamos nós tres, camila, víctor e eu. Olhamos um pro outro e rimos com a situação que já passava de engraçada. Mas ainda não esquecia a raiva que eu tinha.
Camila começa a agarrar víctor e beijá-lo na minha frente. Acho que ela queria ser uma dona flôr, só que comigo não tinha dessas não, o marido tinha que ser só meu. Pedi licença e dei uma volta pelo salão. Os garçons estavam servindo comes e bebes. Era tudo muito chique naquele local, aliás, a família de víctor tinha grandes posses e não se inportavam nenhum pouco em mostrar isso. A mãe de víctor não pode estar presente pelo fato de estar viajando pela frança com as suas amigas peruas. Somente víctor parecia ser o mais simples naquela família. Peguei uma taça de champanhe e notei que víctor mesmo dançando com sua coisinha, não tirava os olhos de mim, como quem me vigiando a cada passo. Aproveitei o interesse dele em meus movimentos e comecei o meu "jogo do troco". Troquei minha taça vazia por uma cheia e continuei andando pelo salão. Sem pudor nenhum fitava alguns caras que estavam presentes na festa e que eu sacava ter aquele tipo, "chegado na coisa", vocês sabem, a gente conhece quem é e quem não é, parece que somos dotados de um sensor que pisca quando encontramos alguém com o mesmo filing. Percebi um olhar de retribuição de um carinha que estava me secando, até que ele era bonitinho, então era a hora de movimentar minha rainha.
Fui em direção ao cara, o cumprimentei com um forte aperto de mão. Apresentei-me e perguntei se ele estava sozinho ao que disse que estava com algumas amigas. Perguntei se ele se inportaria de irmos dar uma volta, ao que sem gaguejar respondeu que não. E fomos nós para os jardins da casa. Víctor percebeu que estavamos saíndo e ficou de olho, angustiado, tentando achar uma boa desculpa para se livrar de camila, foi difícil, mas ele conseguiu e veio atrás de mim.
Eu estava conversando com o rafael, o cara que me fitava, e cheio de sorrisos e mãos. Saca aquela de ficar conversando e colocando as mãos pelos ombros? Então. É ai que tudo cameça, sabiam?
Estava eu la com o rafael, na maior quando víctor chaga e já foi logo falando:
-dá o fora, garoto!
-Como é que é?
-É isso mesmo que você ouviu. Dá o fora se não quiser que eu lhe parta a cara.
Víctor conseguiu intimidar rafael que saiu e me fez um gesto que conversaríamos depois.
-Ele tem nome, você sabia? Seus pais não lhe ensinaram a tratar os outros pelo nome não?
-Eu não estou nenhum pouco interessado se ele tem ou não nome. Eu não estou nem ai pra ele. E que história é essa de você ficar dando em cima dos outros na minha frente?
-Como assim? Eu não tenho nada com você. Ou tenho?
-Claro que temos!
-Eu acho que desse relacionamento só você esta sabendo.
-Não se faça de besta. Você quer me tirar do sério, seu louco?
-Por que? Eu sou livre pra fazer o que eu bem entender. Posso paquerar quem eu quiser, sabia?
-Não me provoque, seu louco.
-Não estou provocando ninguém, até mesmo porque não temos nada. E já é a segunda vez que você me chama de louco em menos de um minuto, da terceira te acerto o nariz.
-Parece que é você quem esta querendo me deixar louco. Eu já não te disse que vou dar um jeito com relação à camila?
-Será que vai dar tempo?
-Eu não quero ver você olhando pra esses viadinhos que estão na festa só pra me provocar.
-Sabia que você é igualzinho ao seu papaizinho ditador?
-Eu não estou mandando, estou pedindo, droga!
-Vou lhe repetir pela última vez. Eu não tenho e não quero ter nada com você esta ouvindo?
-Há, é? Não? Não, mesmo? Então vê se não fica fazendo o seu teatrinho, junto com esses maricotas pra me provocar.
-Porque? Você vai querer todos só pra você? Há é! Quem sabe você não conhece mais um menbro da família pra ir pescar e beber cervejas como uma vaca só voltando no final do dia, não é? Sr. Víctor?
-Do que esta falando?
-Estou falando do priminho de sua noivinha, o maurício. Ou pensa que eu não sei?
-Sabe do que?
-Que você e ele sumiram numa tarde sendo que mal se conheciam. Estavam fazendo o que? Não, não. Deixe adivinhar! A vara de pescar quebrou e ele pegou na sua vara de pescar e acabou fisgando um peixão pelo jeito não é?
-Deixa de ser bobo, não é nada disso. O maurício pediu minha ajuda pra ensina-lo a pescar, disse que gostava, mas não sabia e acabei indo com ele e pescamos a tarde toda. Aproveitamos pra tomar cervejas e voltamos pra casa comemorando por termos pego tanto peixe, ele estava eufórico com a nova habilidade, seu louco!
-Eu lhe avisei...
Enchi a mão pra dar um murro da cara de víctor, mas ele segurou minha mão no ar e me jogou na parede coberta de folhagens de trepadeira, me dando um beijo que me amançou de um jeito...
Afastei-me dele de uma só vez. Foi só o tempo de fazer isso e camila apareceu dizendo que estava procurando por nós por todo o jardim. Perguntou o que estavamos fazendo ali e dissemos que estavamos conhecendo melhor o jardim. Disse que o víctor estava me mostrando o que o pai tinha construído e estava inpressionado.
Camila pegou em nossas mãos e nos arrastou para dançarmos com ela.
Fomos para o salão, onde já estava havendo uma pequena agitação de dança. Camila dançou com víctor bem colados. E eu fiquei me rasgando por dentro. Depois ela soltou o víctor de lado e me puxou dizendo que era a minha vez.
Dançamos do mesmo modo como ela dançava com víctor. Começa uma música mais lenta e ela aproveita pra me ascediar.
-Você dança muito bem, douglas! Eu te amo, sabia?
-Já disse pra você não brincar com isso, camila!
-Quero que me desculpe pela noite passada, eu não queria assustá-lo.
-Mas você conseguiu.
-E quero que também saíba que não é só por que você quer, que vou deixar de lhe amar.
Acabamos de dançar, graças a deus! Ela tinha enchido o meu ouvido de besteiras. No mínimo precisaria de coltonetes para limpa-los por completo. Um criado, através do microfone pede que todos se reunam no salão para os parabéns ao sr. Gustavo.
Lá fomoa nós, para mais uma formalidade. Eu por dentro estava torcendo para que aquela notícia que a feirante me deu fosse completamente falsa.
Todos reunidos no salão. As portas pesadas abrem-se e adentra os criados com um lindo bolo em forma de pentágono muito bem decorado, por sinal. Atrás seguem o sr. Gustavo aconpanhado de sua família. Era tudo muito formal pro meu gosto. Se fosse em minha família já estavamos todos em volta da mesa comendo os doces há tempos, mas...
Todos se posicionam. E as luzes apagam-se. O parabéns é tocado por violinos e todos contribuem com um lindo coral de vozes misturadas, quem sabia cantar com quem não sabia cantar, ficou uma coisa de lindo! O primeiro pedaço de bolo o sr. Gustavo ofereceu a sua esposa que viajava, mas que por telefone estava presente e chorava descompassadamente.
Passados as primeiras emoções, era apenas o começo.
Sr. Gustavo pede a atenção de todos, pois camila gostaria de dizer algumas palavras. Meu coração disparou. Não era possível que ela fosse fazer aquilo que eu estava pensando que ela iria fazer. Camila pega o microfone e faz menção de positivo com a cabeça para que o pianista comece a tocar. Soa pelo ar uma melodia suave e romântica e camila começa:
-gostaria de agradecer a atenção de todos antes da mais nada. Bem, meu coração, neste momento, esta disparando, de emoção dupla, pelo aniversário do sr. Gustavo e por um outro motivo especial.
Todos nós procuramos alguém pra completar a nossa vida. Dentre algums pessoas, selecionamos uma em especial e entregamos a esta pessoa o nosso coração de uma forma louca, passamos então a sentir as primeiras sensações do tão procurado "amor", que nos enlouquece, que faz com que esqueçamos toda e qualquer razão e que nos faz arrepiar ao vermos o ser amado. É assim que eu me sinto neste exato momento, olhando pra pessoa que eu amo e tendo a certeza de que fiz a escolha certa. Estamos juntos a dois anos e já era a hora de mostrarmos a todos os nossos parentes e amigos convidados aqui presentes, o primeiro sinal deste amor: o nosso noivado! Que passa aacontecer neste momento entre eu, camila. E ele, víctor. Te amo meu amor!!
Víctor ficou pasmo com o anúncio, olhou para mim e a pedido de camila foi até onde ela estava, com um sorriso sem graça, abraçou-a e lhe beijou os lábios. Uma das amigas de camila entregou as alianças a víctor, que recebeu meio que não querendo e olhando em minha direção. Eu olhava para víctor e estava torcendo para que ele não colocasse aquele anél no dedo de camila, pois estaria tudo perdido e acabado, sem esperança. Víctor pegou a mão de camila e colocou a aliança, camila fez o mesmo. A música ainda estava sendo tocada em tom de funeral pra mim, mas camila devia estar ouvindo anjos ao seu redor e se achando a garota mais sortuda do mundo. E realmente era! Ela tinha nas mãos, agora, o homem da minha vida e eu não podia fazer mais nada além de me conformar. Víctor virou-se em minha direção e me olhou no fundo dos olhos, parecia que aquela era a nossa despedida. Ele me fitou justamente na hora em que estava escorrendo pelo meu rosto uma lágrima. Lágrima de dor por ter perdido o meu víctor. Só restou-me sair dali. Deixei a taça que tinha nas mãos sobre o aparador e sai. Víctor me viu saindo e fez um movimento de corpo, como quem queria vir atrás de mim, mas camila o segurou e perguntou o que havia, mas, víctor desviou o assunto dizendo que pensou ter visto alguém conhecido. Devo ter deixado ele preocupado com o que eu poderia fazer.
Andei o mais rápido que pude para o chalé. Subi correndo para o andar de cima e abri o guarda-roupa, peguei minhas malas e fui logo arrumando tudo dentro. Vasculhei cada centímetro do chalé a procura de minhas coisas. Desci até a administração do complexo e acertei tudo. Já tinha me trocado e colocado o smoke no saco, pedi para que o carlos, que era da parte de finanças do complexo, trocando em miúdos, era quem cobrava as estadias dos hóspedes. Então, pedia ao carlos que entregasse o smoke pra mim, dei-lhe o endereço e subi agradecendo pelo ótimo recebimento que tive, deixei uma caixinha pra que eles podessem dividir com o pessoal do escritório.
Voltei ao chalé, sentei-me no sofá com as mãos na cabeça, meio tonto. Comecei a procurar o meu celular, estava embaixo das almofadas. Disquei o número de casa.
-Mamãe? É o douglas!
-Pensei que não fosse ligar, filho! Estava já ficando preocupada.
-Eu disse pra sra. Que se eu não telefonasse era sinal que estava tudo bem. E também eu queria descançar, mãe.
-Você esta bem filho?
Tentei mentir pra minha mãe.
-Estou sim.
-Esta com uma voz esquisita. Aconteceu alguma coisa?
-Não esta tudo bem, mamãe. É que acordei agora, estava tirando um cochilo.
-Como se eu não lhe conhecesse, não é douglas?
-Olha mãe, estou ligando pra dizer que estou voltando, assim que o dia amanhecer.
-Vem! Vem, filho! A mãe esta morrendo de saudades. E seja lá o que for que você tem, a mãe esta aqui e sempre vai estar. Quero que você lembre sempre disso.
-Obrigado mãe! Me espere. Beijos tchau!
-Vou esperar. Tchau querido!
Mãe é sempre mãe. Ela sabia que eu não estava bem e eu só precisava do abraço dela naquele momento pra que eu podesse me sentir seguro novamente. Sentei-me à mesa e revi o poema que eu tinha feito. Senti-me como o último do planeta. Como "o que restou" de pior da humanidade. Foi impossível conter as lágrimas. Sentia como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado, o meu coração! Encostei a cabeça na mesa, sentindo a tontura do alcóol que me dominava. Ele não veio atrás de mim, como eu queria que tivesse acontecido. Queria que ele tivesse desistido de tudo, mas sei que ele não poderia, víctor era um homem de palavra, ele não faria aquilo com camila. O soluço aconpanhou o meu adormecer.
Despertei às 6:00 da manhã do domingo com um sobresalto da janela batendo com o vento.
Fui até o lavabo, joguei uma água no rosto. Comi minha última pêra e interfonei para que troxessem o meu carro.
Assim que o carro chegou, coloquei, com a ajuda do motorista, as minhas coisas e o agradeci dando-lhe um trocado. Disse a ele que estava tudo acertado e o agradeci, dispensando-o em seguida. Voltei ao interior do chalé e sentei-me na cama lembrando de quando víctor foi me levar em casa com o pé machucado, da ceveja que ele tomou em minha conpahia, da massagem. Desci até a sala e passei minha mão na mesa que haviamos tomado cafá ma manhã seguinte a que nos conhecemos. Tudo estava vivo, pra sempre, em minha memória. A perda é miuto duro pra quem, como eu, estava acostumado a lidar com a vitória na maioria das vezes. Eu nunca, em toda minha curta vida, tinha sentido por alguém algo tão forte com o que estava sentindo pelo víctor. Mas agora ele estava noivo e eu não podia interferir no que ele escolheu.
Iria sentir saudades daquele mágico lugar. Sabe aquela frase que diz: "em que página da vida será que eu vou te encontrar?", Sabe? Então. Ipatinga foi a minha página! Foi a parte do livro que eu mais gostei. Foi onde eu encontrei o meu grande amor sai do chalé e parei na porta do carro, dei uma última olhada e liguei, desci, sentido a portaria. Antes de chagar a portaria, seria obrigado a passar pela casa de víctor, devido o trajeto ser o mesmo que me levava a portaria. Parei em frente e pude perceber alguns convidados na sacada bebendo e conversando alto, mas nada do víctor. Acelerei e finalmente chego a portaria onde deixei as chaves e um obrigado aos porteiros e seguranças. Sempre achei inportante retribuir as gentilezas que as pessoas me prestavam em hotéis, restaurantes, e qualquer lugar onde podesse existir alguém subordinado a serviços que podessem me servir. O portão foi aberto e sai.
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-Douglas! Douglas! Sou eu, víctor! Cadê você? Esta em cima?
Responde, onde você esta?
Víctor subiu as escadas do chalé, mas a parte de cima estava vazia. Foi descendo as escadas quando pensou em olhar o guarda-roupa. Abriu e deu de cara com o vazio. Víctor entrou em desespero e desceu até a cozinha pra certificar-se. O chalé encontrava-se vazio! Chorou como uma criança. Uma idéia lhe passau pela cabeça. Víctor deixou o chalé correndo em direção a portaria.
Ele chegou a portaria com o coração na boca de cançado e foi logo perguntando.
-Vicente! Vicente! Onde esta o hóspede do chalé um?
-O sr douglas?
-Sim!
-Ele já se foi sr. Víctor. Acertou as contas passou pela portaria há uns quinze minutos. Inclusive que rapaz bom, sr. Víctor. Acredita que ele deixou caixinha pra todo mundo e... Víctor deixou o porteiro falando sozinho e foi ao estacionamento.
Camila, da sacada da casa de víctor o viu entrando no carro com pressa e o chamou, mas ele não escutou ninguém. Camila desceu em direção a portaria. Víctor saiu cantando pneus.
-Vicente, onde o sr. Víctor foi? Você sabe me dizer?
-Olha, dona camila, só sei que ele saiu como um louco em direção a estrada.
-Obrigada!
Camila pegou seu carro e foi atrás de víctor.
Era engraçada a situação. Eu fugindo do víctor. O víctor atrás de mim e a camila atrás dos dois!
Camila conseguiu alcançar víctor e buzinou para que ele parasse, mas ele ao perceber que era ela não quis parar. Camila insistiu até que ele parou.
-Víctor você esta bem? Aonde você esta indo assim com tanta pressa?
-Camila...
-Eu vi você saindo lá da sua casa, parecia frustrado, o que há, meu amor?
-Camila... Escuta...
-Eu fiquei preocupada e...
-Escuta, camila! Eu preciso te contar uma coisa.
-Conta, amor! Espera ai!
Alô? Oi pai! ... O que?... Há é?... A que horas?... Tudo bem eu pego ele sim... Ta bem, tchau pai!
Era o meu pai pedindo que eu va buscar o maurício, aquele meu primo lembra? O dos peixes!
-Há sim!
-Então, ele vai chagar no aéroporto em uma hora e meu pai quer que eu va pegá-lo. Desculpa meu amor, o que você tem pra me dizer?
Víctor deu um beijo na testa de camila antes de contar. Tirou a aliança do dedo e deu a camila, que não entendeu.
-O que é isso, víctor?
-Eu não posso fazer isso com você, camila! Me perdoe! Por favor, me perdoe!
Víctor correu pro carro.
-Onde é que você vai, víctor?
-Atrás do meu verdadeiro amor: douglas!
Camila ficou em choque e chorando com a aliança nas mãos e tentando entender o que havia acontacido.
Víctor saiu ascelerando e ultrapassando todos os carros e sinais que podia. Cinco minutos depois ele chegou ao pedágio, parou o carro no meio do trânsito com portas abertas e pisca alerta ligado e correu para a cabine do pedágio.
-Moça, por favor, você viu passar por aqui um stilo, azul, quatro portas, eu só não lembro a placa, mas ele tem quatro portas e uma antena em cima de rádio, tem um livro na parte de trás e quem estava dirigindo era um rapaz, alto, costuma a usar camisetas pólo.
-Meu sr. Por esse pedágio passam milhares de carros por dia, fica impossível de saber de quem se trata.
Víctor foi a outra cabine.
Por favor, carro stilo, azul, quatro portas, livro na parte de tras, antena em cima e... Um rapaz alto dirigindo, camiseta pólo, você viu? Viu?
-Não, eu não vi sr.
Víctor pareceu meio desorientado. Por um minuto baixou-se, pos as mãos na cabeça.
Levantou e subiu em cima do muro que faz divisórias entre as vagas das cabines do pedágio, tendo uma visão de todos os carros que estavam parados naquele momento no pedágio, inclusive o dele, no meio do trânsito de carro que buzinavam pedindo passagem o chingando.
Víctor observou, mas não encontrou nenhum stilo azul. As lágrimas escorreram por seu rosto e suspirou profundamente.
-Douglas.
Foi descendo do muro.
Um grito. Um frentista de posto de gazolina chama seu conpanheiro para que verifique o óleo e a água de um carro. Isso foi o suficiente para que víctor tivesse sua atenção roubada para o posto. Os olhos de víctor recuperarão seu brilho. Ele reconhece o carro de douglas.
Sussurrante, chama do nome de quem ele aprendeu a amar.
-Douglas! (Sorriso se formando) douglas! Douglas!
Víctor de um salto só sai correndo para o posto que ficava do outro lado da rodovia.
O frentista volta e diz a douglas que seu cartão esta com limite estourado. Começa uma pequena discussão.
-Mas como, estourado sr?
-Eu acabei de passar e deu que excedeu o limite.
-Há, meu deus! Só me faltava essa agora!
Uma voz conhecida soa nos ouvidos de douglas falando com o frentista.
-O sr pode passar no meu cartão, por favor.
Douglas volta-se e vê aqueles olhos, aquele sorriso, aquele cabelo com gel espetado.
-Víctor?
Os olhos fixaram-se de tal modo que o frentista estranhou e retirou-se.
-Onde você pensa que vai, douglas? Esta fugindo de mim?
-Você... Víctor, a camila? O que você fez pra camila?
Víctor lhe mostra a mão e douglas deduz o fim do noivado. Ele largou tudo pro alto. Ele me ama!
Víctor beijou-me ali mesmo, sem inportar-se com mais ninguém. Todos deviam estar espantados, mas, naquela altura eu também já não me inportava com mais nada, só com ele, o meu víctor, agora só meu, pra sempre.
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Voltamos ao nosso refúgio. Fomos até onde tinhamos nos conhecido, a cachoeira! Fizemos amor, mas não um amor qualquer, foi o puro amor, como jamais, eu tenho certeza, nenhum outro ser humano fez. Era tudo diferente. Depois sentamos na beira do lago, nús. Víctor sentado e eu deitado entre suas pernas, ele abraçava meu peito e colocava seu rosto junto do meu. Ali trocamos juras de amor, ali prometemos nunca nos deixar por nada nesnte mundo. Depois, claro, houve todas as confussões que se possa imaginar. A família de víctor ficou sabendo de tudo, o pai, ditador como sempre foi contra e deserdou víctor. Ele ficou arrasado. Só a mãe de víctor ficou do nosso lado, como sempre, mãe é mãe, embora tendo sofrido também com o pai dele. Ainda bem que víctor tinha uma conta com um bom dinheiro que ele tinha guardado, fruto de seu proprio trabalho como massagista do complexo. Compramos um apartamento aqui em são paulo e fomos morar juntos. Ele arranjou um emprego em uma clínica de emagrecimento, um spar. Eu? Eu me formei e estou atuando na minha área de arquitetura, montei meu escritório e o víctor me ajudou a decorá-lo com motivos egípcios, ficou lindo! A minha família já desconfiava desse meu estado sexual. Digo "estado", porque não acredito que seja escolha ser ou não homossexual. Acredito ser definido isso durante a gestação. Se eu podesse escolher eu jamais iria querer ser homossexual, não que eu não esteja contente com meu estado hoje, não, nada disso, mas é que ninguém iria escolher ser descriminado, olhado como et, ser deserdado, como foi o caso do víctor, ninguém! Meus pais se assustaram sim, claro. Houve briga, mas quando eles conheceram o víctor e viram que eu não estava com qualquer um, estava com uma pessoa especial, eles então cederam e hoje o amam como um filho. Só a minha mãe que pede que de vez em quando eu durma em casa. Eu faço a vontade dela sim, mas o meu amor dorme comigo. Quanto a camila... Foi até engraçado... Você acredita que ela cas ou-se com o maurício, o primo dela aquele dos peixes, lembra? Então. Mas depois de muita terapia, coitada! Teve três filhos e mora hoje no ceará. Pra quem vivia dizendo que queria morar do exterior... O víctor e eu somos muito felizes, graças a deus!
Espero que esse amor tão lindo nunca se acabe. Nós aprontamos cada brincadeira, parecemos duas crianças. Eu não consigo entender como as pessoas dizem que deus não aprova isso. Jesus quando esteve na terra, disse para amarmos uns aos outros, não disse quem, disse apenas amem-se! É isso que eu estou fazendo, amando muito. Deus nos perdoe se for realmente contra sua vontade, mas acredito, também, que só existe aquilo que deus permite existir, com algum propósito claro!
         Então se o meu amor pelo víctor e o dele por mim existe, é porque deus permitiu. Não sei. Só sei que estamos muito felizes e que ninguém, a não ser deus, pode nos tirar essa felicidade.
********************************The end************************************
Observação: Este é um conto de ficção, queria eu que não fosse, mas é. Levou exatos dois anos e um dia para compô-lo, houve alguns problemas que me inpediam de publica-lo antes, mas agora saiu, ainda bem!
Por favor, quero saber sua opinião. Se você gostou, se não gostou. Embora sendo ficção ele foi feito com muito amor, pois é no que acredito: no amor! Dê sua opinião, sugiram temas pra que eu possa estar criando outros tão profundos quanto este. Que você nunca desista de encontrar seu verdadeiro amor e se já o encontrou, que nunca acabe o amor que existe em vocês!
Obrigado.

Autor: Kadu23loirosp.
Contatos - furer@ig.com.br
Conto enviado pelo internauta.


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